terror na lotação
Chovia muito no momento em que me mandava para a faculdade. resolvi primar pelo conforto e pegar uma lotação, porque dia de chuva o ônibus parece caminhão levando boi para matadouro. Todo mundo puto com papai do céu por fazer as nuvens chorarem, muitos nem sabendo que diabos estão fazendo ali, e alguns morrendo de medo de sair da caçamba e chegar ao destino.
Enfim, peguei a única vaga disponível na lotação. Fiz lero-lero com a língua para os que ficaram na parada, me desviei das pedradas e sentei do lado de uma moça que estava fazendo cálculos. O olhar que ela lançou provou que eu deveria ter sentado em outro banco (mas infelizmente não tinha nenhum vago, desculpa ;~), ou talvez ter esperado outro transporte.
Bem feliz peguei o "guia do mochileiro das galáxias" (que apesar de ser o livro mais fininho que estou a ler este ano, incrivelmente vem sendo o mais demorado, por força do destino) para ler enquanto o trajeto era percorrido lentamente pelo motorista. pois é, aí eu levei um COTOVELAÇO.
Não sei que gesto hostil eu fiz. Ainda pensei que ela queria me dizer algo, e resolvi perguntar que que foi que que foi que que háááá:
-oi
-hunpf.
-hum?
-*cotovelaço de novo*
Segurei o choro, esfreguei o braço e fui bem quietinho até a faculdade. Ela desceu no mesmo ponto que eu e me olhou atravessado. Pelo menos eu achei que era atravessado, fica difícil enxergar com os olhos cheios de lágrimas enquanto corre chamando pela mãe.
Enfim, peguei a única vaga disponível na lotação. Fiz lero-lero com a língua para os que ficaram na parada, me desviei das pedradas e sentei do lado de uma moça que estava fazendo cálculos. O olhar que ela lançou provou que eu deveria ter sentado em outro banco (mas infelizmente não tinha nenhum vago, desculpa ;~), ou talvez ter esperado outro transporte.
Bem feliz peguei o "guia do mochileiro das galáxias" (que apesar de ser o livro mais fininho que estou a ler este ano, incrivelmente vem sendo o mais demorado, por força do destino) para ler enquanto o trajeto era percorrido lentamente pelo motorista. pois é, aí eu levei um COTOVELAÇO.
Não sei que gesto hostil eu fiz. Ainda pensei que ela queria me dizer algo, e resolvi perguntar que que foi que que foi que que háááá:
-oi
-hunpf.
-hum?
-*cotovelaço de novo*
Segurei o choro, esfreguei o braço e fui bem quietinho até a faculdade. Ela desceu no mesmo ponto que eu e me olhou atravessado. Pelo menos eu achei que era atravessado, fica difícil enxergar com os olhos cheios de lágrimas enquanto corre chamando pela mãe.