a vida como uma novelinha adolescente
Não sei se a coisa funciona mais ou menos assim com vocês, mas muitas vezes as melhores histórias e lembranças surgem na mente como um capítulo de sitcom, com começo, meio e fim muito bem definidos. O que aconteceu antes ou depois do fato que fica registrado muitas vezes é esquecido, e é o miolo do enredo que aparece na fita.
Pois é assim que eu lembro de um dos meus últimos dias de aula no ano de 2001. Como qualquer dia quente de dezembro, não sabia muito bem o que estava fazendo naquele lugar, trancafiado com 40 pessoas enquanto os passarinhos cantavam e as criançascheiravam cola empinavam pipa lá fora. Mas toda essa enrolação serve apenas para contar como um colega contrariou todas as leis da física.
Estava eu sentado a mais ou menos 800 metros do quadro negro. Enquanto a professora falava coisas sem sentido que eu nunca vou aplicar em qualquer situação da minha vida, objetos começaram a ser arremessados para dentro da sala pela janela. Papéis amassados, seringas usadas e pedaços de corpos mutilados estavam sendo jogados pelos vizinhos da turma ao lado, e uma guerrilha começou.
Como quase todos os alunos estavam aprovados e eu reprovado mais uma vez, mandamos a professora tomar um refresco e respondíamos a ofensiva com um contra-ataque muito bem elaborado. As janelas eram paralelas, e acertar o alvo era uma tarefa de pura precisão.
Pois sabe-se lá como, (e é aí que eu digo que a história não se preocupa em encontar meios ou fins, mas simplesmente montar um filme na lembrança) um colega muito estranho da artilharia inimiga conseguiu o impossível: Lançou um cuspe certeiro no peito do meu colega de aula. Algo praticamente impossível, pois ele teve que fazer o catarro percorrer uma curva de meia lua.
Todos nos surpreendemos. Como ele teria feito aquilo? Como reuniu tanta saliva para mandar o cuspe com a força de um tiro, e fazendo curva ainda por cima? São perguntas que ficaram para trás, pois a hisória termina no catarro, nos deixando uma lição apenas: estivéssemos nós assistindo aquela aula de física, saberíamos responder a altura. Realmente, o colégio ensina coisas para toda uma vida.
Pois é assim que eu lembro de um dos meus últimos dias de aula no ano de 2001. Como qualquer dia quente de dezembro, não sabia muito bem o que estava fazendo naquele lugar, trancafiado com 40 pessoas enquanto os passarinhos cantavam e as crianças
Estava eu sentado a mais ou menos 800 metros do quadro negro. Enquanto a professora falava coisas sem sentido que eu nunca vou aplicar em qualquer situação da minha vida, objetos começaram a ser arremessados para dentro da sala pela janela. Papéis amassados, seringas usadas e pedaços de corpos mutilados estavam sendo jogados pelos vizinhos da turma ao lado, e uma guerrilha começou.
Como quase todos os alunos estavam aprovados e eu reprovado mais uma vez, mandamos a professora tomar um refresco e respondíamos a ofensiva com um contra-ataque muito bem elaborado. As janelas eram paralelas, e acertar o alvo era uma tarefa de pura precisão.
Pois sabe-se lá como, (e é aí que eu digo que a história não se preocupa em encontar meios ou fins, mas simplesmente montar um filme na lembrança) um colega muito estranho da artilharia inimiga conseguiu o impossível: Lançou um cuspe certeiro no peito do meu colega de aula. Algo praticamente impossível, pois ele teve que fazer o catarro percorrer uma curva de meia lua.
Todos nos surpreendemos. Como ele teria feito aquilo? Como reuniu tanta saliva para mandar o cuspe com a força de um tiro, e fazendo curva ainda por cima? São perguntas que ficaram para trás, pois a hisória termina no catarro, nos deixando uma lição apenas: estivéssemos nós assistindo aquela aula de física, saberíamos responder a altura. Realmente, o colégio ensina coisas para toda uma vida.