meu passado te condena

É público e notório que eu não era(?) um bom aluno. Problemas com os professores, diretores, guardas e donos de cantinas me faziam uma vítima do ensino médio. Até que cansado de toda essa malandragem e já me vendo com 25 anos tentando ainda concluir o colégio, papai me colocou no supletivo.

*barulho de trovão*

O trato era o seguinte: passar um semestre num buraco sujo sendo educado, chamando professor de tio e tia, comendo a merenda bonitinho e não olhando para o lado (se olhasse para o lado já tinha treta até o fim do semestre). Em troca, estava livre do campo de concentração e das 500 chibatadas. Barbada.

Mas a coisa não era tão delícia assim. Meu jogo de cintura de moleque de colégio particular não deu muito certo no meio da galera do mal que freqüentava a aula. Me restava entrar mudo e sair calado. Os professores sentiam medo, o caos imperava na maioria do tempo.

O ápice aconteceu numa manhã chuvosa de quarta feira. A poliça fez uma batida esperta no intervalo (a galera ficava na rua fazendo jogo do osso e outras atividades ilícitas). O resultado: Apenas seis pessoas na aula depois do recreio.

ai que saudade ¬¬
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Bernardo Amorim | 11:08 |